quarta-feira, 27 de março de 2013

E aí, Universo? A Terra


Estudar o espaço não significa apenas observar o céu noturno e saber "de cor" algumas constelações, ou estudar as propriedades cosmológicas das estrelas, galáxias, aglomerados ou matéria escura. É necessário ter um bom conhecimento inerente ao espaço em que está inserido, ou seja, no seu próprio HABITAT.

É natural que o estudo dos fenômenos terrestres se torne enfadonho demais para ser revisto o tempo todo, principalmente por quem descobre que existem coisas muito mais misteriosas além de nossa atmosfera. Portanto, queridos vigias, durante um tempo faremos uma pequena maratona sobre os fenômenos terrestres e, de alguma forma, tentaremos compará-los com os eventos cósmicos.

Assuntos a serem abordados: Vulcanismo e suas implicações, furacões (tufões, tornados, redemoinhos), tempestades elétricas, maremotos e aquecimento global.

Que este planeta se revele mais impressionante e grandioso para vocês!

Até a próxima! ;)







sábado, 23 de março de 2013

E Aí, Universo? As estranhas estrelas de neutrôns

Imagine uma substância onde uma colher de chá dela pesasse 1 milhão de tonelada. Difícil? Bem, mas o universo cria objetos tão estranhos que levam as leis da física ao extremo, desafiando nossos conceitos e nossa percepção do espaço, e um desses objetos são as estrelas de nêutrons.

imagem: Dave King

Em 1967, cientistas do planeta Terra fizeram uma uma descoberta surpreendente, algo ou alguém estava enviando sinais através do espaço em intervalos de tempo regulares. Seriam extra-terrestres tentando nos enviar uma mensagem? Um ano depois os astrônomos os astrônomos se deram conta que não havia extra-terrestres por trás do sinais. Em vez disso, eles se originavam de estrelas que giravam rapidamente. Pulsar tornou-se o nome do novo fenômeno, uma abreviatura de estrela pulsante. (Estrela de Nêutron - Terra)

Os pulsares aparentam estar ascendendo e apagando porque a estrela rotatória emite ondas de energia no seu campo magnético, que não está alinhado com o seu eixo de rotação. Nos vemos esse feixe como um lampejo de luz quando passa pelo nosso campo de visão.

Os pulsares também são grandes geradores de eletricidade natural. O seu giro cria um campo magnético poderoso. A força magnética adere aos elétrons e outras partículas atômicas e as lança no espaço a altas velocidades. Partículas que estão a grandes velocidades sempre emitem radiação e nos pulsares essa radiação pode ser vista na forma de feixes e esses são os lampejos de luz que enxergamos.

Abaixo Temos a Nebulosa do caranguejo, com cerca de 11 anos-luz, que é iluminada por um pulsar de 15 Km que gira 30 vezes por segundo.



sexta-feira, 22 de março de 2013

E aí, Universo? Nebulosas de emissão


Uma nebulosa de emissão é uma nuvem de gás ionizado que emite espectros eletromagnéticos de inúmeras frequências. Geralmente nas nebulosas de emissão, uma estreela ioniza parte da nuvem onde nasceu ou um grupo delas ioniza toda a nuvem, minimizando o trabalho necessário. Como sabemos, a cor dos espectros nos diz a composição química, temperatura e quantidade de ionização da nebulosa.

Como o hidrogênio está presente em quase todos os gases interestelares e necessita de uma menor quantidade  de energia para ser ionizado,  estas nebulosas são, em sua maioria, vermelhas. Caso houvesse um incentivo energético maior e constante, outros elementos seriam ionizados e se mostrariam presentes os espectros azuis e verdes. Examinando cuidadosamente os espectros das nebulosas, podemos descobrir quais os elementos pertencem ao seu conteúdo químico. Dessa forma, as nebulosas são em sua maioria compostas por hidrogênio e oxigênio, hélio, nitrogênio, dentre outros, em menores proporções.
(em breve faremos alguma postagem sobre espectroscopia ;) por enquanto, basta saber essas coisas).
 


Um exemplo clássico de nebulosa de emissão é a NGC 2359 ou, simplesmente, "O capacete de Thor" ou, ainda, "A nebulosa de pato", cujos remanescentes assemelham-se à asas e ainda, "A nebulosa do polvo". A NGC 2359 (imagem acima) é uma nebulosa em forma de bolha com 30 anos-luz de diâmetro, formada por ventos energéticos de uma estrela periférica classificada por Wolf-Rayet. Tais estrelas são gigantes azuis massivas que desenvolvem ventos estelares, atingindo milhões de quilômetros por hora. Essa interação molecular com a nuvem pode ser que tenha contribuido para a forma complexa dessa nebulosa e para as estruturas curvilíneas.

quinta-feira, 14 de março de 2013

E Aí, Universo? Planetas Extrassolares

Planetas do sistema KOI-730 dividindo a mesma orbita

Quantos planetas existem no universo? Só na nossa galáxia há cerca de duzentos bilhões de estrelas e no Universo existe mais de 200 bilhões de galáxias. Então pode se imaginar que existem mais estrelas no Universo do que grãos de areia nas praias da Terra.

Mesmo sabendo dessa enorme escala cósmica, só foram descobertos 843 planetas, e a maioria deles é semelhante a Júpiter, gigantes gasosos formados principalmente de Hidrogênio e Hélio. A outra classe são os planetas rochosos gigantes com cerca de 10 vezes a massa da Terra, semelhantes a Urano e Netuno, e alguns planetas pequeno similares a Terra.

Planetas são bem menores e menos brilhante que estrelas, por isso, para detectar esses planetas os astrônomos analisam o efeito gravitacional que um planeta exerce sobre sua estrela-mãe. Podemos analisar essa inteiração abaixo. Uma estrela sem planeta ficaria estática, enquanto uma estrela com planeta exibiria uma oscilação gravitacional, em torno do centro de massa. Embora essa oscilação seja quase imperceptível, já que a estrela é inúmeras vezes maior que o planeta, os astrônomos utilizam o redshift. O redshift é similar ao efeito Doppler e faz com que o comprimento de uma onda aumente ou diminua conforme a fonte emissora se afaste ou se aproxime do observador.


A formação desses planetas é semelhante a do sistema solar, onde um disco de gás e poeira que orbita a estrela em formação e entram em colapso por causa da força da gravidade, formando vários proto-planetas dando início à uma disputa por espaço dentro do sistema. Nessa disputa, planetas colidem uns contra os outros, alguns são expulsos do sistema ou são jogado para dentro do sistema, podendo ser engolidos pela estrela-mãe. Podemos ver essa formação na Nebulosa de Órion, imagem abaixo.



Fonte: [POPSCI], [Wikipédia], [NASA], [Hipesciense]

terça-feira, 12 de março de 2013

E Aí, Universo? Galáxia do Rodamoinho


Conheçam a bela Galáxia do Rodamoinho, também chamada de M51, localizada na constelação de Canes Venatici, ou Cão de Caça. A uma distância de 30 milhões de anos-luz e com diâmetro de 60 mil anos-luz, essa galáxia espiral clássica é uma das mais brilhantes e mais pitorescas estruturas no céu, podendo ser vista utilizando telescópios simples ou mesmo binóculos.

A imagem acima é uma  combinação digital de uma fotografia baseada em terra utilizando o telescópio do Observatório Nacional de Kitt Peak, Arizona, em conjunto com o Telescópio espacial Hubble, onde se destaca as características nítidas dos braços da galáxia, que normalmente é vermelho demais para serem vistas.

M51 é uma galáxia espiral do tipo Sc e é o membro dominante de um grupo inteiro de galáxias. Astrônomos especulam que a galáxia do rodamoinho tem essa estrutura em espiral, primariamente devido à sua interação gravitacional com a galáxia anã NGC 5195 e por fusão com galáxias menores.

Crédito: NASA, NOAO